Como se organizar para um final de ano letivo positivo

Estamos no último bimestre e sabemos que muitos estudantes já começam a se preocupar com as provas finais ou com o vestibular. O ano letivo chega à sua reta final, bem como as provas estão cada vez mais perto. Empenhar-se nos estudos é possível, como também estar preparado para as tarefas no último bimestre. É preciso multiplicar a dedicação, para ter muita eficiência e conseguir os melhores resultados. A organização de estudos é essencial, seja em um caderno, seja no celular ou no computador, realizar um planejamento ajuda a visualizar e dividir o seu tempo e, com isso, a ser mais organizado e eficaz nos seus trabalhos.

Sabemos que os estudantes já dão sinais de cansaço provocado pela rotina escolar desde fevereiro, portanto é importante vencer essa etapa e para entrar de férias o mais cedo possível, é preciso dar um gás agora. É inteiramente normal que, principalmente as crianças, se sintam cansadas, pois elas têm menor tolerância a repetições de atividades, tarefas que exigem organização e planejamento constantes. Mas isso varia de acordo com a personalidade e com a forma como a família lida com estas rotinas de estudo. O cansaço pode afetar até o rendimento escolar, tão importante para esta etapa de provas finais. É aí que a família faz a diferença, para que crianças e adolescentes consigam manter o ritmo de estudos e tirar uma boa nota. Estar cansado pode minar a perseverança, fazendo com que os alunos desistam de estudar, deixando a matéria acumular. Por isso, os pais devem trabalhar com os filhos a importância de não desistirem.

No caso em que o aluno precisa tirar uma boa nota,  a família precisa avaliar que tipo de postura deve tomar. O final de ano é a época de repensar e traçar novos planos. Nesses momentos decisivos existem muitas possibilidades de intervenções positivas, mas o mais importante é conscientizar pais e alunos para que aproveitem e dividam melhor o seu tempo.

Todos nós precisamos buscar nosso caminho e procurar alternativas que podem nos ajudar e que sejam realistas, que tenham a ver com nossas possibilidades e com nossas metas. Em outras palavras, cada um deve encontrar sua própria “fórmula”.

A ansiedade fala alto nessa época e o ideal é recorrer a todo o tipo de recurso para relaxar. A prática de esportes é ótima para a liberação de hormônios que promovem o bom humor, o alívio da ansiedade e melhoram a memória, entre outros efeitos. Yoga e meditação são indicadas para melhorar a concentração e a estabilidade emocional. Procure se cercar de pessoas leves e bem-humoradas. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem muito menor capacidade de concentração.

A primeira reação do estudante, quando há uma prova, é a de que não conseguirá estudar tudo o que precisa e não sobrará tempo para fazer mais nada. No entanto, ao montar o plano de estudos, ele ganha calma e tranquilidade, porque percebe que, se tiver o compromisso necessário para mantê-lo, chegará a atingir seu objetivo. Portanto, o importante é cumprir as horas de estudo de que precisa e no restante do período, divirta-se, veja filmes ou saia com os amigos. O segredo é manter as coisas que te fazem feliz, ter contato com as pessoas de quem gosta, porque isso vai te manter relaxado e vai te dar a energia que você precisa para estudar.

É aconselhável compartilhar seu cronograma de estudos com familiares e amigos, pois isso gera conhecimento do que você está fazendo e evita problemas com horários e compromissos, já que todos vão saber que você precisa cumprir seu planejamento para alcançar o seu objetivo.

Estudar nem sempre é uma das melhores atividades que precisamos realizar. Além disso, o nosso cérebro parece estar treinado a nos boicotar: ele coopera na concentração em um jogo virtual, por exemplo, mas se distrai facilmente na hora de encarar um livro de estudos para uma prova. A solução para esse impasse pode estar na organização e elaboração de estratégias de estudo para treinarmos o nosso cérebro a ser fiel. Um estudo concentrado pode poupar tempo e gerar resultados mais satisfatórios e com qualidade, independentemente da quantidade de horas de estudo por dia. Alunos que têm o dia a dia planejado, além de conseguir na maioria das vezes dar conta de tudo o que é proposto pelo professor, também desenvolvem: autonomia, organização, senso de responsabilidade e, consequentemente, aprendem mais.

Lembre-se de apontar os conteúdos prioritários para serem vistos pelo seu filho. Isso é importante para que ele não se disperse durante os estudos, tampouco gaste muito tempo com assuntos não essenciais. Aliás, essa atitude é importante em épocas próximas as provas, quando ele precisa focar nos assuntos mais cobrados por essas avaliações. Auxilie na definição de objetivos. Sente-se com o seu filho para, juntos, definirem objetivos e metas de aprendizado. Isso possibilita a ele participar ativamente da organização da rotina de estudos, além de fornecer parâmetros para que você possa avaliar a evolução do aprendizado.

A energia que será gasta em horas de leitura, exercícios, revisões e outras atividades precisa ser bem dosada. Dê atenção especial ao seu filho em certos momentos. Anote os conteúdos mais difíceis para o seu filho aprender. Depois, defina horários para sentar com ele e tentar ensiná-lo sobre esses assuntos. Proponha metodologias diferentes. É importante acompanhar se o seu filho tem aprendido os conteúdos estudados.  Até a forma como o seu filho estuda tem influência nesse processo. Sendo assim, teste metodologias distintas para identificar uma que seja mais adequada.

Qualquer coisa feita por obrigação torna o processo muito mais penoso. Nesse sentido, você precisa evitar discussões e mostrar, por meio do diálogo, que estudar é algo bom e até um privilégio.

Agir com autoritarismo, brigar continuamente e até mesmo aplicar castigos desproporcionais só torna a rotina de estudos pesada e enfadonha, criando uma resistência emocional. Como você viu, ajustes simples podem garantir uma rotina de estudos eficiente e motivadora. Acima de tudo, aja com amor e se mostre disponível para apontar os melhores caminhos.

Maria Teresa Giubilato Maciel

Licenciatura em Psicologia – Faculdade Paulistana

Bacharelado em Psicologia com especialização na área escolar – Faculdade ABC – Santo André