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A matemática é uma aliada importante na interpretação de dados para o enfrentamento de pandemias, como a da Covid-19, se mostrando uma ferramenta valiosa à saúde pública.

Os modelos matemáticos utilizam dados como a disseminação do vírus, número de infectados, de pessoas assintomáticas, de óbitos, de internações, entre outros, para fazer previsões que são extremamente úteis para a sociedade. Estes modelos contribuem para a tomada de decisões em situações de incertezas.

No entanto, a inconsistência nos dados da pandemia interfere na precisão das modelagens. O atraso das notificações, por exemplo, é um fator que contribui para a imprecisão.

A matemática fornece ferramentas para o controle da disseminação do vírus, como medidas de proteção, distanciamento social e a decisão sobre vacinação, quanto ao número de pessoas a serem vacinadas, logística de aplicação das vacinas, localidades onde serão aplicadas, entre outros fatores.

Inclusive, equações matemáticas são utilizadas para determinar se uma região irá ou não progredir para uma fase mais branda de restrições, de acordo com o plano do governo de cada região.

A visualização dos dados de uma pandemia é muito mais clara através da utilização de gráficos. Não é por outro motivo que nos acostumamos a ver gráficos nas notícias diárias.

Muitas das novas infecções que o mundo tem enfrentado se comportam de modo semelhante e produzem uma curva epidêmica com a mesma aparência. As medidas de controle da disseminação do vírus contribuem para o achatamento da curva, o que é fundamental para não sobrecarregar o sistema de saúde.

O gráfico abaixo, elaborado pelo cientista Drew Harris e adaptado pelo biólogo Carl Bergstrom mostra como medidas de prevenção podem retardar o contágio da Covid-19 e evitar o colapso no sistema de saúde.

Há que se ressaltar que os dados sobre a pandemia do Coronavírus são em geral mostrados por escala logarítmica, o que significa que os dados do eixo “y” ao invés de somados a cada espaço, são multiplicados. Isso porque se trata de uma infecção de rápida transmissão pelo ar, ou seja, exponencial.

Assim, podemos concluir que os números contam histórias e nossa atenção deve estar voltada para as curvas formadas pelos gráficos que nos indicam a gravidade da situação atual, porém, existem formas diferentes de apresentação de uma mesma realidade, a depender dos fatores que são levados em consideração para a elaboração dos gráficos.

Lembramos que a taxa de testagem da população, por exemplo, influencia diretamente nos dados sobre a pandemia, pois, se poucos testes são realizados na população, temos a errada impressão de que o número de pessoas contaminadas é baixo.

Assim, para se interpretar um mesmo gráfico de números de casos ao longo do tempo, há que se levar em consideração as taxas de testagens.

E uma equivocada interpretação dos gráficos relacionados a uma pandemia pode confundir a população sobre a gravidade da situação, levando a uma flexibilização de medidas protetivas e consequente aumento de novas infecções. Isso nos mostra como o trabalho com os números tem impactos práticos na sociedade.

Vê-se, portanto, que a matemática e as estatísticas quando bem utilizadas e interpretadas são importantes ferramentas no combate as pandemias.

Fontes: jornal.usp.br / g1.globo.com / saude.abril.com.br

Eliana Christina Lamberti Ragone

Professora de Matemática do Ensino Médio do Colégio Spinosa
Bacharelado e licenciatura em Matemática pela PUC-SP
Pós graduação em Administração de Empresas e Análise de Sistemas pela Fecap-SP
Cursos diversos em Educação Matemática.

 

 

 

 

 

Maria Lúcia Nascimento Pedrosa

Professora de matemática do Colégio Spinosa há 32 anos e atual Coordenadora da área de Matemática do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.
Autora dos livros “Números” e “Geometria e Álgebra”.
Integrante do Grupo Colaborativo de Investigação em Educação Matemática GCIEM-USP.

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