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Minha avó já é falecida, mas lembro bem o dia em que ela me contou de como começou a fumar. Fiquei espantada quando falou que seu pai havia lhe ensinado a fumar! Ela me disse que, na época, era “chic” fumar, sinal de riqueza, de bem viver.

Os tempos mudaram e tentamos mudar nossos hábitos. Hábitos que nasceram em uma época de poucos saberes e modismos. Na década de 90 surgiu a geração saúde que mudou o pensamento e a forma de cuidar da saúde. Essa geração gerou bons frutos e atitudes que perduram.

Com o tempo o cigarro foi banido de comerciais e novelas, mas ainda não saiu da nossa sociedade.

Muitos adolescentes, infelizmente, procuram algumas substâncias por diversos fatores.

Com relação ao cigarro, uma droga lícita, sabemos os males para o corpo de maneira geral, e é sabido que os adolescentes têm uma facilidade maior de aderir ao vício pois seu cérebro está em desenvolvimento.

“Usar drogas na adolescência costuma ser pior que usar drogas na idade adulta. A ciência sabe disso há tempos. No cérebro dos adolescentes, os danos provocados por essas substâncias costumam ser mais devastadores – elas podem fazer o órgão desviar de sua trajetória de desenvolvimento saudável, e provocar prejuízos duradouros. O uso de drogas na adolescência é considerado fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais na maturidade, como esquizofrenia e transtorno bipolar.”

O cérebro não nasce pronto e, sabe-se hoje, que seu desenvolvimento vai até os 25 anos, aproximadamente, quando terminam os eventos que melhoram seu processamento e velocidade. Uma das últimas áreas a ser terminada é a frontal, que controla impulsos e estabelece perspectivas de futuro. Isso explica em parte essa facilidade ao vício e às emoções e transgressões. Também existe outro fator: o adolescente sente a recompensa química relacionada à sensação de prazer ou de satisfação, que é mantida por neurotransmissores (substâncias químicas que controlam os impulsos nervosos), como algo muito mais forte e duradouro do que um adulto, dentro de um mesmo contexto.

Há ainda estudos que comprovam a predisposição genética, já que a natureza química dos neurotransmissores é proteica e sua produção é comandada pelo DNA.

Muitos tipos de cigarro surgiram: sem filtro, com filtro, longo, fino, mais curto, enfim. Agora temos cigarro eletrônico.

Há vários modelos, coloridos, descolados e agora bem pequenos. A praticidade e aparência tecnológica do cigarro eletrônico tem sido atrativo, especialmente, entre os jovens.

Disfarçados por uma infinidade de sabores e aromas, os cigarros eletrônicos dão, à primeira vista, a ideia de serem uma boa e inofensiva alternativa

Faz menos mal? Não, e sua venda é proibida pela ANVISA no país.

Com aparência mais agradável que o tabaco comum, o cigarro eletrônico pode provocar consequências tão nocivas quanto o cigarro comum.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, os dispositivos eletrônicos não são seguros e possuem substâncias tóxicas além da nicotina. O cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

Também causa a pneumonia lipoide, relacionada à vaporização e inalação de substâncias oleosas encontradas nos líquidos dos cigarros eletrônicos, que desencadeia uma resposta inflamatória causando tosse crônica e falta de ar.

A sensação de prazer proporcionada pelo cigarro eletrônico, em uma situação de festa e descontração, pode tornar difícil o abandono do hábito.

“A cada momento que existe uma inalação e aquela sensação pode ser traduzida em alguma coisa agradável, o circuito de recompensa cerebral é acionado. Então, você tem uma dependência estabelecida”, afirma o neurocirurgião Fernando Gomes.

Além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão devido à problemas com a bateria do cigarro.

Vape, pod, pen, mod, squonk…não importa o nome, todos fazem mal. Essa é a opinião de médicos cardiologistas, pneumologistas e neurologistas. E eles não têm nenhuma razão para mentir.

Rosana Jorge Celiberto (Rosaninha) – @celibertojorge
Professora de Ciências do Fundamental II e Biologia do Ensino Médio do Colégio Spinosa
Bacharel e Licenciada em Biologia pela UNISA
Participação em artigo científico e livros na área da Educação

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