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Os primeiros vinte anos deste século simplesmente fizeram o mundo da comunicação girar em milhares de rpm – e coisas e atividades que eram comuns foram praticamente abandonadas

Responda rápido quando foi a última vez que:

– Você leu um jornal impresso?

– Ligou para desejar feliz aniversário a alguém (sem falar em mensagens de voz por WhatsApp ou por outras redes sociais)?

– Usou seu smartphone para fazer uma ligação telefônica tradicional de voz?

– Assistiu TV aberta dentro da grade de programação – sem ser por serviços de streaming?

– Ouviu rádio pela última vez?

– Mandou ou recebeu uma carta?

Eis algumas das coisas que, em 20 anos, se tornaram algo tão distante de muita gente (principalmente dos mais jovens) que é como se fossem atividades sem sentido.

O que isso quer dizer? Por mais que haja muita gente lamentando essas mudanças no comportamento comunicacional de todos os 7,6 bilhões de habitantes deste planeta, isso nos coloca diante de uma outra questão: o que houve de positivo ou de negativo nisso tudo?

Se por um lado a informação transita com maior rapidez e fluidez, por outro temos as fake news. Se por um lado democratizamos o acesso à comunicação de modo quase universal, o quanto disso é utilizado para que as pessoas se informem ou para entretenimento?

Sou contra o saudosismo do “ah, no tempo do papel isso” ou “no tempo da TV aberta aquilo” – mas sinto que, algumas vezes, jogamos o bebê fora com a água do banho. Nos tornamos presas fáceis de manipulações e de polarizações simplistas: basta ser a favor ou contra algo. E ninguém precisa  pensar muito para chegar a uma posição: ela geralmente vem pronta e embalada pelas tribos e bolhas.

Diante disso, faço uma última pergunta: quando foi a última vez que você se deteve e se aprofundou em um tema para chegar às suas próprias conclusões?

Jorge Tarquini

Jornalista, roteirista e escritor.
Foi Diretor de Redação das revistas Quatro Rodas, e Terra, na Editora Abril, e D.O.M. – De Outro Modo – além de publisher da Revista de Jornalismo ESPM, versão brasileira da Columbia Journalism Review, pela qual recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo 2013 na Categoria Melhor Contribuição à Imprensa.

*Texto originalmente publicado pelo #TMJ, portal de conteúdo sobre carreiras em comunicação, tecnologia, direito e negócios da ESPM.
https://tmjuntos.com.br/
https://www.espm.br/

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