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Nada é mais marcante do que um cheiro. Um aroma pode ser inesperado, momentâneo e fugaz e, mesmo assim, marcar para sempre um instante de nossa vida. Os odores explodem em nossa memória nos fazendo reviver bons e maus momentos. Basta percebermos um aroma, as lembranças afloram e sentimos emoções. É nossa memória olfativa.

A respiração é formada por pares: inspiração e expiração. Ao nascer inspiramos pela primeira vez e ao morrer expiramos pela última. No intervalo entre uma e outra, ao longo de toda vida, cada respiração faz com que o ar passe pelo órgão do olfato. Isto significa que, ao respirar, percebemos os aromas. Os cheiros envolvem-nos, giram ao nosso redor, entram em nossos corpos, emanam de nós. Vivemos em constante banho de odores. Tudo que cheira se desmancha no ar, desprendendo moléculas, pois os aromas são voláteis.

As moléculas aromáticas entram em contato com os receptores presentes no epitélio olfatório, que conduzem as informações olfativas ao cérebro, para o sistema límbico (cérebro emocional), que é a área dos sentimentos, memórias, reações aprendidas e arquivadas e emoções.

É por isso que os aromas têm grande efeito: agindo nos centros cerebrais, provocam reações que podem ser emocionais ou físicas. De uma forma sutil, afetam os sentimentos, relaxando ou revigorando, excitando ou ajudando a afastar o stress. Essas moléculas aromáticas flutuam pelo ar, tem poder antisséptico e fazem com que sintamos as mais diferentes emoções. Trabalhos científicos sérios indicam que alguns aromas desencadeiam relaxamento e outros aumentam a concentração.

Aromaterapia é a prática terapêutica que se utiliza dos Óleos Essenciais 100% puros para a prevenção e/ou tratamento auxiliar de problemas físicos, psicológicos e energéticos, visando proporcionar o bem estar geral do ser humano.

Em toda a história da civilização humana, as plantas medicinais e aromáticas foram utilizadas para purificar e perfumar ambientes, para afastar maus espíritos, tratar de problemas da pele, tratar de problemas físicos, nos processos de mumificação no antigo Egito, nos banhos romanos, etc. Hoje a prática da Aromaterapia é bastante difundida, mas ainda é, na maioria dos países, considerada como Medicina Complementar.

A  aplicação terapêutica dos Óleos Essenciais é feita através de banhos de imersão, massagens, compressas, difusão no ambiente, inalação, fricção,  usando sempre veículos neutros para diluí-los tais como: óleos vegetais, água ou álcool de cereais, preservando-se assim as  propriedades químicas e a atuação físico-química no organismo humano, combinados com a atuação olfativa através do sistema límbico.

Os Óleos Essenciais são considerados a “alma” de uma planta (estão presentes nas folhas, flores, madeiras, galhos e frutos)  e são os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas aromáticas e medicinais. A título ilustrativo, uma gota de Óleo Essencial em geral corresponde a 20 ou 30 xícaras de chá daquela erva/planta aromática.

Nem todos os Óleos Essenciais possuem aroma agradável ao olfato, apesar das suas propriedades terapêuticas. Portanto, costuma-se utilizar a técnica da Sinergia – que consiste em misturar até no máximo 4 Óleos Essenciais – para obter-se um aroma diferenciado e pessoal, mantendo ou até potencializando a ação terapêutica desejada.

Há muitas restrições para gestantes, bebês e crianças, cuidados no manuseio,  dosagens e tempo de tratamento.

A restrição à adoção de alguns óleos durante os primeiros meses de gravidez deve-se ao fato que são compostos químicos altamente concentrados. Em cada gota existe uma grande quantidade de substâncias, que em contato com a pele ou pelo sistema olfativo, acabam caindo na corrente sanguínea. Por mais gostoso que possa parecer o aroma, a sua utilização prejudicará a mãe e o bebê.

Deve-se ter cuidado quanto à administração oral. Alguns ingredientes de óleos essenciais podem irritar a membrana gastrintestinal, cujo efeito pode ser imprevisível, podendo induzir a náuseas.

As essências mais tóxicas possuem elementos químicos, que podem ocasionar contrações, e consequentemente abortos; alterar a pressão sanguínea e até mesmo envenenamento em situações extremas. Os óleos essenciais que possuem propriedades “emenagogas” (estimula a menstruação) também são contraindicados à gestante. Com o uso frequente, o fígado e os rins sofrem prejuízos.

Portanto, a aromaterapia para crianças, gestantes, epiléticos, idosos e bebês deve ser sempre acompanhada por um profissional habilitado.

 

 Alguns óleos mais conhecidos:

  • ALECRIM

AROMA: canforoso, lenhoso.

PROPRIEDADES: antisséptico, antiespasmódico, estimulante, circulatório, diurético, descongestionante, expectorante.

Não deve ser usado durante a gravidez, por hipertensos por epilépticos.

  • CANELA DA CHINA

AROMA: doce e picante.

PROPRIEDADES: estimulante, antibiótico, antiviral, analgésico, afrodisíaco.

Evitar durante a gravidez.

  • CITRONELA

AROMA: fresco, forte, verde, semelhante ao limão.

PROPRIEDADES: antisséptico potente, estimulante geral, refrescante, mata os fungos, antibactericida, excelente repelente de insetos.

  • EUCALIPTO

AROMA: fresco, forte, penetrante.

PROPRIEDADES: antisséptico, descongestionante, expectorante, cicatrizante.

  • HORTELÃ-PIMENTA

AROMA: penetrante, forte, mentolado.

PROPRIEDADES: Antisséptico, antibiótico, anti-infecciosa, estomacal, antiespasmódico, estimulante, tônico, vermífugo, expectorante, analgésico.

Evitar durante a gravidez.

  • LARANJA

AROMA: fresco, frutal, cítrico.

PROPRIEDADES: calmante, antibiótico, antisséptico, ansiolítico, desintoxicante, diurético, digestivo, tônico do SNC, ajuda na formação do colágeno, facilita a digestão de gorduras. Historicamente, o óleo de citros era usado para tratar os nervos,

A laranja é considerada um tônico geral. Seu odor familiar acalma ansiedade e é muito usado com crianças. Ajuda a reduzir cólica e azia. Para tratar indigestão, massageie o abdômen com esse óleo.

  • LAVANDA

AROMA: fresco, erval, floral, calmante. É considerado o “Coringa” dos Óleos Essenciais. PROPRIEDADES: regenerativo, diurético, antisséptico, antidepressivo, cicatrizante, analgésico, antirreumático, antiespasmódico, anti-inflamatório.

É especialmente eficaz para tratar queimaduras, atuando como calmante tópico, evitando a ocorrência de infecções e estimulando a formação de novos tecidos.

Rosana Jorge Celiberto (Rosaninha) – @celibertojorge
Professora de Ciências do Fundamental II e Biologia do Ensino Médio do Colégio Spinosa
Bacharel e Licenciada em Biologia pela UNISA
Participação em artigo científico e livros na área da Educação

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