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O desenvolvimento da autoestima começa ainda nos primeiros dias de vida. Ela é inaugurada a partir do desejo dos pais em gerar um(a) filho(a). Após o nascimento, a autoestima é naturalizada por meio do olhar do adulto que acompanha a criança ao longo de seus primeiros anos. É neste olhar dos pais que mora a aprovação. As crianças são grandes observadoras das atitudes de seus pais. Elas leem como os adultos se comportam e agem sobre essas atitudes, principalmente, nas situações de interação. Desta forma, tomam para si as reações dos adultos e as enchem de significados próprios. Reações agressivas, de descaso e de impaciência vão se estabelecer no que denominamos de baixa autoestima.

É necessário incentivar a independência, para que cada um comece a criar a sua autoestima. Isso não significa só dizer coisas boas para a criança, mas também encorajar os pequenos sucessos. Apresentar pequenos desafios, como deixar a criança tentar encaixar as peças de um quebra-cabeça sozinha e fazer festa quando ela conseguir. Essa satisfação própria, que vem do mérito de ter feito algo sem ajuda, fortalece a construção do autoconceito. Entre 3 e 4 anos, ela já pode escolher a roupa, ir ao banheiro e tomar banho sozinha (com supervisão), e isso deve ser estimulado, para que ela aprenda a cuidar de si, a se valorizar e a fazer suas escolhas.

O ideal é estimular dentro do processo de realidade – e a frustração faz parte da vida, a criança precisa aprender a lidar com ela e superá-la. Os adultos precisam mostrar que têm defeitos, fraquezas e qualidades, e que isso é normal do ser humano, assim como errar também é normal. Se a criança observar isso, vai reconhecer em si mesma os mesmos sentimentos, de forças e fraquezas. É importante mostrar que fazemos o nosso melhor, mas às vezes erramos, e aí corrigimos e tentamos fazer melhor da próxima vez.

Para os pequenos tudo é uma experiência, não existe certo e errado, então a maneira de repreender, o tom da voz, a fala, tudo tem que estar bem claro. A criança tem que ser orientada com atenção e cuidado.  Na certeza de que é amada e na confiança de que está sendo cuidada, ela se fortalece a partir de uma autoestima embasada no afeto e na crença de que ela foi autorizada a crescer. Assim, ela se sente protegida mesmo longe dos pais. É importante que o adulto seja autêntico de forma a se ajustar à capacidade de compreensão dos pequenos. Nesse aspecto, o discurso que soa da voz do adulto, implanta os significados que vão se estabelecer no imaginário da criança e acompanhá-la ao longo da vida.

Se uma criança é ensinada e orientada a se valorizar, tanto em suas características físicas quanto comportamentais, ela aprenderá a se amar e a se aceitar, independentemente das circunstâncias. Ela aprecia sua forma de ser e terá mais facilidade de ser aceita em seu meio social.

Uma criança com a autoestima saudável, provavelmente se tornará um adulto confiante, seguro, com interesse pela vida, por aprender e realizar sonhos. Inclusive estará menos suscetível a doenças ou distúrbios emocionais na vida adulta. Fortalecida pela sua autoestima, pode reagir melhor às dificuldades e aos obstáculos.

Para reforçar uma boa autoimagem na criança, devem ser consideradas e valorizadas as suas características pessoais e únicas, como temperamento, habilidades, competências, ritmo de aprendizado, desejos, sonhos.

Na sala de aula, é importante observar e dar valor naquilo que a criança realizou e apostar em sua condição de melhorar com atitudes autênticas positivas. Daí a importância de uma mediação cuidadosa durante as atividades escolares. Ela pode ser desenvolvida de uma forma sutil para extrair mais da criança, de forma que ela exponha mais de si, tudo com muito respeito aos seus limites. Isso ocorre quando ela confia no adulto.

Ensine a criança a lidar com as frustrações. Ela precisa compreender que nem sempre o resultado sai como o esperado, mas o mais importante é o esforço e dedicação empreendidos no processo.  Por isso: valorize mais o esforço do que o resultado.  Estimule a autonomia. A depender da idade, os filhos e/ou alunos podem compartilhar algumas responsabilidades, sendo que essas ações podem fazer com que eles se sintam importantes e se tornem mais confiantes.

  • Elogie-o com sinceridade, reconhecendo seus valores. Demonstre afeto. Quem não gosta de se sentir amado? A criança não apenas gosta, mas precisa dessa troca. O contrário pode gerar um sentimento de rejeição.
  • Estimule-o a solucionar. Então, desde já, propicie o pensamento crítico e a criatividade para trazer soluções aos problemas.
  • Cada um é um ser único e com características diferentes. Nem melhor e nem pior do que o outro. Simplesmente, diferente.

São olhares e ações que ocorrem no dia a dia, que podem fazer toda a diferença na construção da imagem pessoal.

 

Maria Teresa Giubilato Maciel

Licenciatura em Psicologia – Faculdade Paulistana

Bacharelado em Psicologia com especialização na área escolar – Faculdade ABC – Santo André

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